Patrícia Schneider

     A psicoterapia infantil tem como objetivo favorecer o bem estar e a qualidade de vida da criança e de sua família. Essa prática também é útil no desenvolvimento da criança e das relações familiares, visando superar dificuldades e estreitar a relação entre a criança e sua família. 
     As relações entre pais e filhos podem ser marcadas por desobediência, birras, desentendimentos, discussões, brigas e punições, que acabam fazendo sofrer tanto os pais quanto os filhos. Esses desentendimentos geram sentimentos de culpa, arrependimento e insegurança quanto à educação dos filhos. Desse modo, os pais encontram na terapia orientações sobre maneiras alternativas de lidar com as dificuldades familiares. Geralmente a criança é encaminhada para a psicoterapia por seus pais ou por sugestão de seus professores, ao observarem algum comportamento não usual que os preocupam. Alguns exemplos de comportamento são: bater, morder, chutar, empurrar, destruir objetos, roubar, mentir em excesso, ser muito quieto, ter dificuldade pra fazer amigos, adoecer com muita frequência, ter dificuldade de aprendizagem ou de atenção. 
     A terapia ajuda aos pais a observar e identificar se o comportamento dos seus filhos é adaptativo ou não. Durante o atendimento à criança, o terapeuta infantil usa estratégias lúdicas como histórias, desenhos, colagens, pinturas, jogos, de acordo com a idade da criança, para criar um ambiente no qual ela se sinta à vontade para se expressar. Por meio dessas atividades, o terapeuta tem a oportunidade de conhecer melhor a criança, seus pensamentos, sentimentos e comportamentos.
     O terapeuta conduz os pais na discussão das expectativas que têm a respeito dos comportamentos e dos sentimentos de seus filhos, sendo que a participação é essencial no processo. O propósito da terapia, além do desenvolvimento direto da criança, é também fornecer conhecimento aos pais, para que eles possam participar ativamente no desenvolvimento de seus filhos. 


Patrícia Schneider
Psicóloga